O teatro precisa ser abraçado
Os artistas de Ilhéus têm uma dívida com a cultura local. Precisam ter com o Teatro Municipal a mesma atitude que tiveram durante a campanha eleitoral quando abraçaram o prédio do General Osório para protestar quanto ao seu abandono.
Chegamos aos quase 3 anos da administração municipal. O Teatro foi fechado no início do atual mandato para uma reforma que não consegue acabar. E nem se sabe qual o tamanho do que já foi feito dela. Recursos vieram e foram noticiados pelo próprio governo.
O prefeito Jabes Ribeiro, que foi no seu primeiro mandato o grande responsável pela reconstrução deste importante espaço, não pode encerrar o seu quarto mandato sem sequer ter realizado uma peça de teatro infantil no palco do TMI.
A demorada reforma do teatro reflete, na verdade, o abandono em que se encontra a cultura local. O governo não consegue realizar sequer um campeonato de "dominó cultural" e dar-lhe o nome de "Jorge Amado". Sobrevive de "apoios institucionais" e pongando em eventos que não lhe pertencem.
O secretário, bom no jogo de palavras, é uma decepção no ato de realizar.
Pior é que o prefeito sabe disso. Entretanto o mantem, pelo apadrinhamento forte que tem na residência oficial e por um titubeante gesto que Jabes Ribeiro ao longo deste mandato tem demontrado: não consegue dizer a um só secretário, nos freferimos aos ruins de dar pena, que eles não têm a mínima condição de continuar no cargo.
A população de Ilhéus, em especial os artistas desta cidade, precisam quebrar o silêncio, descruzar os braços e pedir mais respeito ao templo da cultura regional.